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Estônia atrai empreendedores brasileiros com programa que facilita negócios na Europa

O país europeu amplia acesso ao e-Residency, iniciativa que permite a estrangeiros abrirem e gerenciarem empresas na União Europeia 100% online

A Estônia é conhecida por seu governo 100% digital e pelo ecossistema de inovação que deu origem a empresas como o Skype (Eloi_Omella/Getty Images)

A Estônia é conhecida por seu governo 100% digital e pelo ecossistema de inovação que deu origem a empresas como o Skype (Eloi_Omella/Getty Images)

Publicado em 19 de abril de 2025 às 12h13.

Última atualização em 19 de abril de 2025 às 12h58.

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Expandir um negócio para a Europa sem sair do Brasil já é realidade para muitos profissionais que buscam autonomia e crescimento internacional – e a Estônia está sendo o caminho para muito brasileiros empreenderem no continente europeu.

O país báltico está intensificando sua presença na América Latina por meio do programa e-Residency, iniciativa que permite a estrangeiros abrirem e gerenciarem empresas na União Europeia 100% online. Com mais de 1.400 brasileiros cadastrados e 400 empresas abertas via programa, o Brasil já é o líder regional em adesões, ocupando a 22ª posição global entre mais de 185 países.

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Para facilitar ainda mais o acesso ao programa, o governo estoniano acaba de lançar um ponto móvel de retirada da identidade digital em São Paulo, documento essencial para completar o processo de adesão. É a primeira estrutura desse tipo na América do Sul — além de Buenos Aires — e deve impulsionar ainda mais o interesse dos brasileiros pelo e-Residency.

“A mentalidade inovadora dos empreendedores brasileiros tem impacto direto no crescimento do programa. Eles contribuem com expertise em tecnologia e negócios digitais e fortalecem a reputação da Estônia como hub global de inovação”, afirma Liina Vahtras, diretora executiva do e-Residency da Estônia.

O que é o e-Residency?

Criado em 2014, o e-Residency oferece acesso seguro ao ecossistema digital da Estônia. A identidade digital permite abrir uma empresa no país, emitir faturas em euros, assinar contratos online e gerenciar todas as operações de forma remota — o que tem atraído especialmente empreendedores das áreas de tecnologia, consultoria e serviços digitais.

Apesar de não conceder cidadania nem direito de residência física, o programa facilita a internacionalização de negócios e a entrada no mercado europeu com vantagens tributárias e agilidade administrativa. A Estônia lidera há 11 anos o Índice de Competitividade Tributária da OCDE.

Caso real: do Brasil para a Europa em um fim de semana

Rodrigo Almeida, fundador da produtora audiovisual 011 House, foi um dos brasileiros que utilizou o e-Residency para expandir seus negócios.

“Consegui registrar minha empresa na Estônia e iniciar as operações em um fim de semana. Agora posso emitir faturas em euros e gerenciar tudo digitalmente”, conta Almeida, que destaca a eliminação da burocracia como um dos grandes diferenciais.

Por que a Estônia virou referência?

A Estônia é conhecida por seu governo 100% digital e pelo ecossistema de inovação que deu origem a empresas como o Skype. O país lidera a Europa em startups per capita e abriga centros de excelência em cibersegurança, como o braço da OTAN e a agência de TI da União Europeia.

Desde o lançamento, o programa de e-Residency já recebeu mais de 123 mil empreendedores de 175 países, que fundaram cerca de 34.600 empresas. O impacto econômico ultrapassa os 274 milhões de euros em receita para o governo estoniano, segundo dados oficiais.

Para saber mais sobre o e-Residency da Estônia acesse o site do governo. E para se tornar um e-resident acesse o site e-resident. 

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